Relato: Vencendo a tentação.

Caros amigos

Trago hoje um relato recente, que achei por bem dividir, em honra e glória do Senhor, que não abandona àqueles que nele confiam:

Sábado, 15 de agosto de 2009. Havia um show católico aqui em minha cidade na noite deste sábado, e lá estava eu, esperando para entrar na longa fila que se formava em frente ao local do show.

Cheguei por volta das 19:00, pouco antes de um rapaz, que trazia consigo duas latas de cerveja. Mais falante do que ensina o bom senso e um tanto excêntrico, derrubou uma das latas, que abriu em seguida, deixando cair a irrefreável espuma.

Empolgado pela atenção que lhe ofereci quando da "explosão" da lata, disse-me: “Bebi o dia inteiro”. E completou: “Que festa é hoje?”. Já sem paciência, pois o álcool foi o grande problema de minha família, disse-lhe: "Não é uma festa, é um show.". Perguntou-me de quem era o show. Disse-lhe: “um padre”.

Ao ouvir minha resposta, perguntou: “e onde estão as crianças? Padre é pedófilo”. Ignorei, e ele repetiu, irritando-se, com o tempo, com a minha recusa em participar do jogo tentou estabelecer.
Eis que, já entregue ao vício, foi instrumento do maligno. É a única interpretação que sou capaz de esboçar, pois as coisas que começou a dizer superavam em muito o limiar dos efeitos do álcool: eram palavras em grande parte capazes de enfraquecer a beleza da fé.

Disse-me: “Você vai pro inferno, cara. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Não vem me falar em fé, pregue suas mãos em uma cruz e depois nós conversamos. Não adianta viver de oração”. E recitou o Pai-Nosso.

“Está vendo, que adianta? ‘Ave Maria, Cheia de Graça, o Senhor é convosco, Bendita sois vós entre as mulheres. Santa Maria, Mãe de Deus. Ora por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém’."

Transcrevi a Ave Maria exatamente como ele recitou e, devo dizer, perguntei-me naquele momento se seria coincidência a incapacidade do rapaz de dizer “e bendito é o fruto do vosso ventre, JESUS”.

Disse-me outra vez que eu iria para o inferno, e depois foi expulso pelos seguranças.

***

Ousou tentar-me o maligno, mas esqueceu-se que em Deus residem minhas esperanças, minha fé e convicção. Não me desamparou o Senhor Deus quando o inimigo ousou dissuadir-me.

Rezei em silêncio, agradecendo a Nosso Senhor, não dispensando a oração de São Bento, que repito: “Que a Cruz Sagrada seja minha luz. Não seja o dragão o meu guia. Afasta-te, Satanás. É mal o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo teu veneno.”

Peço que vocês orem também por este rapaz, para que seja liberto do vício e do mal.

Salve Regina Caelorum, Mater Salutaris.