sábado, 15 de agosto de 2009

Assunção de Nossa Senhora

Meus caros,

Assim como Nosso Senhor ressuscitou, a Mãe do Salvador, serva de Deus, mãe dos apóstolos e da Igreja também o fez, após período de dormição. Usa-se o termo dormição, que acalenta em nós um sono profundo, restaurador, mas não prolongado.

Quis Nosso Senhor dar uma suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.

Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.

Ressuscitada, Maria foi assunta ao céu. Diferentemente de Jesus, que ascendeu aos céus, isto é, elevou-se, Maria foi elevada pela graça de Deus aos céus.

Bendita entre todas as mulheres, templo do Espírito Santo e mãe do Salvador, Maria não poderia ser entregue ao castigo daquilo que não conheceu – o pecado –, quer por seus méritos, quer por graça divina. Isenta de pecado, mas não desobrigada de enfrentar as muitas chagas mundanas, não pode ser deixada à corrupção corporal pois concebida na graça, não no pó.

O Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Eis um trecho de um sermão de São João Damasceno, sobre o mistério da ressurreição e Assunção de Nossa Senhora: “Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém, deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmani. Tradição antiqüíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias não mais se ouviu o canto. Tento entretanto chegado também Tomé e desejando ver e venerar o corpo, que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria, Nossa Senhora. Encontraram apenas as mortalhas, que tinham envolvido o santo corpo, e perfumes deliciosos enchiam o ambiente. Admirados de tão grande milagre, tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que Aquele que quisera encarnar-se no seio puríssimo da Santíssima Virgem, preservara também da corrupção este corpo virginal e o honrara pela gloriosa assunção ao céu, antes da ressurreição geral.”

Finalmente, o dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus:

"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".

Sejamos, meus caros, fiéis ao exemplo de Maria, sinal de aceitação, renúncia e entrega à vontade de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós.
Parabéns aos consagrados em seu dia (16 de agosto) e que o Senhor suscite muitas vocações neste nosso ano sacerdotal.
Salve Regina Caelorum, Mater Dei et Mater Ecclesia, Assumpta in caelis.

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Salve Regina Caelorum
DD.