domingo, 18 de julho de 2010

Evangelho do Dia




Lèctio sancti Evangèlii secùndum Lucam (Luc 10, 38-42): Naquele tempo, 38 Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava sua palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41 O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42 Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”. Verbum Dòmini.

domingo, 11 de julho de 2010

São Bento de Núrsia

São Bento de Núrsia, Patriarca dos Monges do Ocidente, Patrono da Europa e Fundador da Ordem Beneditina, é um dos maiores santos da Igreja.
Bento, cujo nome significa "bendito" ou "benedito", nasceu pelo ano 480 na cidade de Núrsia, no centro de Itália, conjuntamente com a sua irmã gêmea Santa Escolástica. Morreu a 21 de Março em Montecassino no ano de 547. A sua festa celebra-se, atualmente, no dia 11 de Julho.

Desde a sua juventude, Bento teve o coração e a sabedoria dum velho; não concedia nada aos prazeres dos sentidos e, podendo gozar no mundo os bens passageiros, desprezou todas as vaidades.

O Papa São Gregório Magno escreveu uma obra com o título de "Livro dos Diálogos" e aí nos apresenta São Bento como o ideal do monge perfeito, acrescentando que ele descendia duma família nobre e cristã e ainda que, tanto ele como a sua irmã Escolástica, brilharam pela virtude e foram, pouco depois da morte, proclamados santos pelo povo e pela Igreja.

O mundo sorria-lhe, mas ele, advertido pela graça, renunciou aos estudos literários, abandonou o mundo, disse adeus às comodidades desta vida e fugiu para um lugar seguro.

O espírito reflexivo de Bento levou-o a considerar a vaidade das coisas mundanas e, desejando agradar apenas a Deus, renunciou a tudo e abraçou a austera vida eremítica.

Tentações Vencidas

O demônio, invejoso da glória de Bento, tratou um dia de fazê-lo ceder à tentação. Primeiro pela gula. Para lhe fazer quebrar o jejum e abstinência a que se vinha entregando, apresentou-lhe um belo manjar de carne saborosa. Bastava apenas estender a mão. Entretanto, apareceu-lhe um melro a voar à sua volta, quando ele se encontrava em oração. Tanto o importunou que Bento compreendeu que era o inimigo em forma de ave que pretendia tentá-lo. Inspirado por Deus, fez o sinal da cruz sobre o pássaro e este desapareceu de imediato.

Não conseguindo vencê-lo pela gula, o inimigo tornou-se ainda mais atrevido. Apresentou-lhe a figura formosa duma mulher nua que ele tinha conhecido em Roma, em tempos passados. Foi de tal modo grande o ardor despertado pela tentação, e a beleza daquela mulher inflamou-lhe tanto o ânimo que esteve prestes a sucumbir. Mas, tocado pela graça, voltou a si e, vendo ali próximo um grande silvado, atirou-se meio desnudado para o meio dele, revolvendo-se sobre os agudos espinhos, até que ficou com o corpo todo transformado numa chaga. Assim saiu vencedor desta tentação carnal.

Deste modo, pelas feridas do corpo curou a ferida da alma, porque trocou o prazer pela dor, e o ardor que tão vivamente o incitava ao prazer ficou totalmente extinto dentro de si. Daí em diante, segundo ele próprio costumava contar aos discípulos, a tentação carnal ficou nele tão amortecida que nunca mais veio a sentir nada de semelhante.

São Bento, a meu ver, é um exemplo a seguir de um dos Santos que, ao lado de São Pio de Pietrelcina, melhor souberam resistir à tentação e combater aquele que inimiza com o Salvador. Sua medalha, de devoção particular de milhões de fiéis ao redor do mundo, é um alento ao devoto e um acalento para a alma: aceita a Cruz Sagrada como luz das nações, e rejeita a toda e qualquer forma de mal, de pecado e de sujeição à tentação do inimigo.
"Crux Sacra Sit mihi lux; non draco sit mihi dux; vade retro satana!; nunquan suad mihi vana; sunt mala quae libas; ipse venena bibas" ("A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o Dragão meu guia. Retira-te Satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mal o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo do teu veneno")

Salve Regina Caelorum, Mater Sanctae Spei